Renê, Reinier e Vitinho. As novidades na escalação do Flamengo mostraram um cenário que se repetirá nos próximos jogos. Sem os lesionados Arrascaeta e Filipe Luís, e o suspenso Gabigol, Jorge Jesus precisou encontrar soluções. Diante da lanterna Chapecoense, neste domingo, na Arena Condá, triunfo mesmo sem parte das suas estrelas. Liderado por Bruno Henrique, o Flamengo venceu por 1 a 0 e segue na liderança do Brasileiro — agora com 52 pontos.
Até a semifinal da Libertadores, dia 23 contra o Grêmio, o rubro-negro fará mais quatro jogos com desfalques certos. Além dos lesionados já citados, Jesus novamente não terá Gabigol e perderá Rodrigo Caio, ambos convocados à seleção brasileira. O próximo compromisso é contra o Atlético-MG, quinta-feira, às 20h, no Maracanã.
É um bom sinal ver que, mesmo remendado, o Flamengo não perdeu suas características. Uma das virtudes de Jesus é treinar titulares e reservas com o mesmo esquema tático. Aliado a isso, a disparidade técnica entre as equipes tornou a partida um ataque contra defesa.
No primeiro tempo, foram 75% de posse de bola e 17 finalizações contra apenas uma da Chapecoense, que segurou a retranca até os 37 minutos, quando um centralizado Bruno Henrique — devido a ausência de Gabigol — abriu o placar de cabeça.
Um problema que tem sido comum e precisa ser corrigido é a queda de ritmo do Flamengo durante as segundas etapas. Seja por cansaço ou desgaste, foi assim contra São Paulo, Grêmio e agora contra a Chapecoense, que aproveitou o momento para crescer. Assim, surgiram alguns sustos como um chute perigoso de Régis, uma bola tabelada de Vini Locatelli e em cabeçada de Everaldo.
Isso deixa outro ensinamento: saber decidir a partida quando há oportunidade. Mesmo com a crescente — mas não sufocante — pressão catarinense, o rubro-negro seguia criando chances. Pablo Marí acertou a trave, Everton Ribeiro parou no goleiro, Bruno Henrique incomoda, mas o Flamengo não conseguiu fazer o segundo e se colocou diante de uma desnecessária tensão nos minutos finais. O Globo.