Conmebol muda de ideia sobre Santiago e pensa em plano B para final da Libertadores

Estádio Nacional, de Santiago, no Chile, que será palco da final da Libertadores de 2019


Pela primeira vez a Conmebol reavalia a final da Libertadores no Chile. Depois de dois eventos internacionais serem cancelados pelo presidente da república, Sebastian Piñera, a entidade colocou em xeque a disputa entre Flamengo e River Plate em Santiago no dia 23 de novembro.

O EXTRA apurou que na manhã desta terça-feira os dirigentes da Conmebol flexibilizaram o discurso e não descartam encontrar um outro local para sediar a decisão. O problema é exatamente atender a todos os requisitos para mandar a final para outro país. Fora os transtornos para os torcedores que já compraram ingressos e passagens.

A ministra do Esporte do Chile, Cecilia Perez, marcou uma coletiva às 14h15 desta quarta-feira para falar sobre a final da Libertadores, aumentando a incerteza sobre a manutenção do jogo em Santiago.
Ao Flamengo não agrada em nada a troca de sede da final. Sobretudo se sair da América do Sul. O clube, porém, deixa a critério da Conmebol e da CBF, que poderia ter que mexer nas rodadas do Brasileiro para adequar à logística de viagem rubro-negra. A diretoria acredita que o Uruguai ganha força se o Chile sair de cena.

Prós e contras de alguns locais para onde pode ir a final:

Lima, no Peru

Em termos logísticos, a capital peruana seria um dos cenários mais adequados para receber a final da Libertadores. Lima chegou a fazer parte da concorrência, mas foi preterida por Santiago. Inicialmente, seria lá também a final da Sul-Americana, mas a Conmebol mudou para Assunção “por questões organizacionais”. É um país neutro no embate entre brasileiros e argentinos.

Bogotá, na Colômbia

O país será sede do pré-olímpico em janeiro de 2020. Um dos membros do Conselho da Fifa é colombiano, o que aponta a força política atual. Também entra na lista de países neutros.

Assunção, no Paraguai

A Conmebol não cogitaria usar a cidade para uma eventual substituição a Santiago por entender que a capital paraguaia não tem estrutura para receber brasileiros e argentinos ao mesmo tempo numa decisão. Assunção já receberá a final da Sul-Americana, em 9 de novembro.

Montevidéu, no Uruguai

O Flamengo é frontalmente contra usar a capital uruguaia para uma eventual realocação da final da Libertadores. O argumento é a proximidade à Argentina, o que facilitaria o clima para o River.

Brasil/Argentina

Ainda que Santiago não tenha condições, a Conmebol não colocará a final da Libertadores em Brasil ou Argentina. Tampouco fará a decisão em dois jogos. O governador do Rio, Wilson Witzel, chegou a oferecer o Maracanã, que já receberá a final em 2020. Mas foi em vão. Jornal Extra.