Jair Bolsonaro faz transmissão ao vivo para o 3º Simpósio Nacional Conservador, realizado em Ribeirão Preto (SP) Foto: Camilo Calandreli / Divulgação
Jair Bolsonaro faz transmissão ao vivo para o 3º Simpósio Nacional Conservador, realizado em Ribeirão Preto (SP) Foto: Camilo Calandreli / Divulgação

RIBEIRÃO PRETO — O presidente Jair Bolsonaro afirmou neste sábado que a campanha publicitária em defesa do pacote anticrime será suspensa. Ele atribuiu a necessidade de cancelamento da iniciativa por causa de "pressão da esquerda". A revelação surgiu durante uma transmissão ao vivo para um evento de conservadores em Ribeirão Preto, no interior de São Paulo.

RIBEIRÃO PRETO — O presidente Jair Bolsonaro afirmou neste sábado que a campanha publicitária em defesa do pacote anticrime será suspensa. Ele atribuiu a necessidade de cancelamento da iniciativa por causa de "pressão da esquerda". A revelação surgiu durante uma transmissão ao vivo para um evento de conservadores em Ribeirão Preto, no interior de São Paulo.

O presidente Jair Bolsonaro ao lado do vice-presidentes Hamilton Mourão durante a solenidade de sanção da Lei 3715/19, que altera o estatuto do desarmamento Foto: Marcos Corrêa/PR / PR
O presidente Jair Bolsonaro ao lado do vice-presidentes Hamilton Mourão durante a solenidade de sanção da Lei 3715/19, que altera o estatuto do desarmamento Foto: Marcos Corrêa/PR / PR


O governo lançou nesta semana, ao custo de R$ 10 milhões, uma campanha publicitária em defesa do pacote elaborado pelo ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro . Sob o lema de que "a lei tem que estar acima da impunidade", as peças publicitárias em vídeo usaram depoimentos e casos reais de vítimas de violência para demonstrar o efeito da impunidade no país.
Deputados de oposição apresentaram requerimento ao Tribunal de Contas da União (TCU) para que a campanha fosse suspensa, sob o argumento de que as peças utilizam dinheiro público para “constranger o Congresso”. A campanha cita pontos do pacote de Moro retirados pelo grupo de trabalho formado na Câmara, como a prisão após condenação em segunda instância. Após a análise do grupo de trabalho, o projeto será votado no plenário.
Conhecido pela militância bolsonarista e influente no campo conservador, o youtuber Nando Moura foi cutucado pelo presidente pela segunda vez nesta semana. Sem citar seu nome, referindo-se a ele apenas como o "cabeludo que agora está careca", Bolsonaro rebateu as críticas que Moura tem feito aos vetos à Lei de Abuso de Autoridade. O presidente aproveitou para explicar a decisão, muito contestada por seus seguidores. O Globo.