Botafogo bate o Goiás, volta a vencer após cinco rodadas e alivia crise


Gabriel celebra o primeiro gol do Botafogo sobre o Goiás Foto: Marcelo Regua
Um ditado popular que resume a situação atual do Botafogo pode ser "depois da tempestade, vem a bonança". Não faltaram turbulências durante a semana. Demissão de Eduardo Barroca, invasão em General Severiano e cobranças aos jogadores. Era preciso vencer para deixar o momento ruim para trás, e o importante alívio veio no triunfo por 3 a 1 contra o Goiás, nesta quarta-feira, no Nilton Santos.

O resultado deixa a equipe com 30 pontos e mais longe da zona de rebaixamento. Além disso, finda a sequência de cinco jogos sem vitória no Brasileiro e ameniza a crise com a torcida, que foi ao Niltão disposta a protestar, mas deixou o estádio festejando.  

Enquanto aguarda por Alberto Valentim, que deve deixar o Avaí para ser o novo técnico alvinegro nos próximos dias, a responsabilidade de gerir a crise ficou com o interino Bruno Lazaroni. A principal mudança não foi técnica ou tática, foi no ânimo - algo comum após uma mudança de comando. Mesmo sem cinco titulares, o Botafogo mostrou-se ciente das suas limitações para buscar o resultado, enquanto o Goiás pouco fez valer o status de líder do returno.

Leo Valencia comemora o terceiro gol do Botafogo Foto: Marcelo Regua / Marcelo Regua
Leo Valencia comemora o terceiro gol do Botafogo Foto: Marcelo Regua / Marcelo Regua

- Essa vitória é muito do Barroca. Não mudou muita coisa. Os méritos são dos jogadores e do Barroca. Nos aproveitamentos as oportunidades. Essas situações nos levaram à vitória e deu mais tranquilidade - disse o interino.

Lazaroni havia dito que sua intenção era "criar um repertório maior de cruzamentos e finalizações", ideia que foi bem assimilada pelo elenco. Tanto que o gol marcado por Gabriel, ao aproveitar o desvio de Marcelo Benevenuto em cobrança de escanteio para empurrar às redes, seguiu estas características e mostrou um ponto que seria decisivo: aproveitar as oportunidades quando elas aparecem.

O Goiás poderia ter marcado em tiro-livre indireto ou nos diversos cruzamentos que cortaram a área, mas viu Rafael Vaz errar na saída de bola e o Botafogo ampliar - João Paulo aproveitou o rebote de Tadeu. Um dos poucos sustos sofridos foi o gol contra de Benevenuto, mas o princípio de pressão goiana durou apenas quatro minutos. No primeiro contra-ataque encaixado pelo alvinegro, Rodrigo Pimpão apareceu livre e rolou para Leo Valencia definir o placar em 3 a 1.

Vale destacar a participação decisiva do VAR. A ferramenta foi usada para confirmar o impedimento de Cícero, que se adiantou a Tadeu e marcou em posição em legal ainda primeiro tempo. Também anulou o gol de Michael, que empataria a partida no segundo tempo se Marlone não tivesse tocado a mão na bola no início da jogada. Nada que mudasse o resultado final.  O Globo.