São Paulo tem novo caso de tortura em supermercado

Com as mãos amarradas, homem leva choques após furto em supermercado na Zona Sul de São Paulo Foto: Reprodução
Com as mãos amarradas, homem leva choques após furto em supermercado na Zona Sul de São Paulo Foto: Reprodução

SÃO PAULO - Um vídeo que circula nas redes sociais revela um novo caso de tortura dentro de um supermercado na Zona Sul de São Paulo . As imagens mostram um homem apanhando e levando choques . Ele está com as calças abaixadas e as mãos amarradas.

Nas imagens, é possível ver que ele leva choques e é agredido com um objeto que parece ser um cabo de vassoura. O motivo das agressões, segundo informações iniciais, seria o roubo de um pedaço de carne em março de 2018. O caso teria ocorrido no Extra do Morumbi, na Zona Sul da capital.
Em nota postada nas redes sociais, o Extra disse que assim que tomou conhecimento do "lamentável caso" iniciou uma investigação interna para apurar o ocorrido, uma vez que "proíbe categoricamente o uso de qualquer tipo de violência". Ainda de acordo com o supermercado, houve o desligamento do responsável pela área de prevenção da loja do Morumbi. Empresa e seguranças alocados naquela loja também foram afastados até que a investigação interna seja concluída.

De acordo com a empresa de segurança Comando G8, que fazia a segurança para o Extra no ano passado, o funcionário que aparece nas imagens já foi identificado e afastado até que o fato seja esclarecido. Em nota, a empresa acrescentou que "não compactua com esse tipo de atitude e que não aceitará esse comportamento dos 7.200 colaboradores que passam, constantemente, por treinamentos, avaliações técnicas e psicológicas a cada 12 meses.

Em nota, a Secretaria de Segurança Pública informou que o 89º Distrito Policial instaurou um inquérito para investigar o caso e que as imagens serão analisadas. Ainda segundo a SSP, representantes da empresa de segurança e do Extra serão ouvidos.

Furto de chocolate

No início do mês, um jovem de 17 anos relatou ter sido torturado por seguranças do supermercado Ricoy, na Vila Joaniza, também na Zona Sul da capital. O adolescente teria furtado um chocolate e relatou ter sido torturado por 40 minutos. Em entrevista, ele contou também ter sido ameaçado de morte para que não relatasse o caso à polícia.
Logo após a divulgação do ocorrido, o delegado Pedro Luis de Souza, titular to 80º Distrito Policial de São Paulo, pediu a prisão temporária dos dois seguranças que foram filmados torturando o adolescente.
Valdir Bispo dos Santos e Davi de Oliveira Fernandes são funcionários de uma empresa privada de segurança que prestava serviços para o estabelecimento, e foram identificados como agressores. O Globo.